Rastros do fogo revelam crimes contra a biodiversidade, a propriedade privada e a comunidade
De janeiro a setembro deste ano, a Suzano já registrou 914 ocorrências de incêndios em áreas florestais da empresa no Maranhão. 58,8% destes casos têm origem criminosa.
Os dados refletem uma infeliz tendência do Estado: uma média de cinco incêndios por dia (dados coletados pelo Corpo de Bombeiros nos quatro primeiros meses de 2023). Os incêndios recorrentes, sejam em plantações de eucalipto ou em áreas destinadas à preservação ambiental, expõem crimes conhecidos pelas forças policiais do estado: a extração ilegal de madeira para produção de carvão e a
ocupação indevida de terras, que resultam em degradação do meio ambiente, insegurança pública e desvalorização imobiliária.
Tão impactante quanto os números são os prejuízos socioambientais deixados pelos incêndios, que ocorrem ao longo de todo o ano. Além da destruição da biodiversidade, colocando espécies animais e vegetais em risco, o fogo gera a emissão de gases poluentes para a atmosfera, nocivos à saúde.
A tragédia toma proporções mais amplas quando as áreas degradadas são ocupadas por grileiros, que se beneficiam da comercialização irregular das terras e enriquecem de forma ilícita, ofertando-as para outras pessoas, que precisam se retirar após os processos de reintegração de posse, o que gera a elas frustração e perdas financeiras.
Os esforços da Suzano no combate e prevenção aos incêndios passam por ações de manejo florestal sustentável, além de investimentos em equipes de combate a incêndio treinadas segundo rigorosas normas internacionais e Centrais de Operações Integradas, que monitoram, em tempo real, as florestas de preservação permanentes, pilhas de madeira e plantios de eucalipto.
Essas estratégias vêm tendo efeito positivo, considerando que houve redução significativa do número de ocorrências entre 2020 e 2022. No entanto, os episódios continuam demandando ações da empresa, do poder público assim como autoridades competentes, que vêm atuando em parceria para mitigar o problema. E, da mesma forma, buscando responsabilizar os autores de crimes ambientais e contra o patrimônio.
A atuação colaborativa da Suzano para levar oportunidades de trabalho, renda e bem-estar nas regiões em que atua também é importante nesse processo. Por meio de apoio a projetos de cunho social e ambiental, a Suzano tem a meta de contribuir para tirar 200 mil pessoas da linha de pobreza até 2030 nos territórios onde opera. No Maranhão, por exemplo, região que concentra grande parte dos incêndios florestais em áreas da empresa, é ofertado suporte financeiro e técnico a diversos projetos focados no desenvolvimento social de comunidades tradicionais e grupos em situação de vulnerabilidade.
Apesar de todo o investimento social, em segurança e em monitoramento, a efetiva solução para os incêndios florestais passa pela conscientização e mudança de hábitos da sociedade, uma vez que grande parte dos casos decorrem de ações humanas. Mesmo que ocorram dentro de uma área empresarial, as consequências vão além desses limites. Sejam criminosos ou por uma bituca de cigarro lançada na
vegetação, fica o alerta: os incêndios devem ser combatidos por cada um de nós, pois os prejuízos são de todos.
Artigo opinativo | Douglas Guedes de Oliveira
Assessoria de Imprensa da Suzano Maranhão