Ofertar facilidades de acesso aos produtos e serviços e otimizar o tempo deles são as principais dicas para a relação com esse perfil
A pandemia do novo coronavírus deixou os consumidores mais atentos e reflexivos. Uma pesquisa realizada pela Mosaiclab em 17 países e apresentada durante a maior feira de varejo do mundo, a NRF Retail’s Big Show, evidenciou algumas das vontades deste novo perfil de cliente e o que ele espera do varejo. Por isso, é importante que o empreendedor esteja atendo aos principais aspectos novos dos consumidores e adeque o propósito da empresa ao público.
Segundo a pesquisa, os consumidores desejam ver no varejo nos próximos anos as seguintes características: intensificação de interação nas lojas digitais; interação digital nos restaurantes; lojas inteligentes; serviços de customização; conhecimentos específicos e treinamento; experiência de smart shop; experiência em loja; live commerce; economia compartilhada e entrega via drone. Com esse cenário, o cliente está cada vez mais conectado, mas, é preciso que o empreendedor perceba esse cliente no mundo online e offline e crie estratégias de forma híbrida, seja no mundo físico ou digital, o chamado Figital. Oferecer experiências ao cliente também é crucial.
De acordo com gerente da Unidade de Soluções e Inovação do Sebrae Alagoas, Liza Bádue, o empreendedor que conseguir utilizar da tecnologia para otimizar o tempo do cliente, garantindo uma boa experiência do seu produto/serviço certamente atrairá o público desejado. “Não precisa ser algo da alta tecnologia. O empresário deve utilizar de recursos tecnológicos disponíveis no mercado, até de forma gratuita, como as redes sociais e iniciar sua transformação digital de forma gradativa. Uma coisa é importante: o empreendedor precisa estar na palma da mão do cliente, seja com sua loja virtual ou nas redes. Ele tem que utilizar essas ferramentas para acelerar esse encontro e garantir a qualidade do seu produto/serviço”, explica Bádue.
Em Imperatriz, o consumidor também segue esse perfil e os comerciários investem em novos modos de atendimento e vendas. O diretor de Assuntos do Calçadão e proprietário da loja D’Juju, Jardson Lima, conta que já utilizava canais virtuais de atendimento, contudo, a pandemia maximizou a utilização. “Já atendíamos online, mas era de forma muito tímida, quando houve a pandemia e só podíamos fazer o atendimento online, tivemos a necessidade de profissionalizar esse serviço, buscar um treinamento, ter um processo de separação e pagamento de mercadorias. A gente sentiu que intensificou, por que nosso atendimento era feito mais para aqueles consumidores que moravam em outras cidades, por que atendemos uma região extensa e esses clientes mais distantes eram atendidos de forma online, em Imperatriz mesmo era presencial”, conta.
Jardson ainda acrescenta que houve um amadurecimento do consumidor e destaca a importância de criar o hábito da utilização dos canais virtuais em virtude do momento que vivemos com a pandemia: “Com a pandemia teve esse amadurecimento comercial, de não sair de casa, fazer as compras online e ter todo aquele conforto de não sair e receber o produto em casa. A pandemia potencializou esse amadurecimento do consumidor da cidade de está utilizando os canais virtuais, às vezes eles perdiam tempo de produção para vim comprar presencialmente na loja e, agora, sabendo dessa nova ferramenta o consumidor não perde tempo, ele continua na sua produção e o pedido chega na casa dele. Hoje, a gente trabalha bastante com rede social, por que estamos correndo o risco de um novo lockdown e queremos deixar a clientela já preparada, sabendo que temos esse canal no qual eles podem fazer seus pedidos e compras”.
No ramo de alimentação também houve mudança em relação ao atendimento da clientela, com a expansão do serviço de delivery e até alteração em hábitos. “Com a pandemia nós aderimos o sistema de delivery e já faz um ano que temos trabalhado, tentando melhorar nosso delivery para está atendendo nosso cliente que quer ficar em casa. Na nossa aérea de restaurante, com a pandemia acredito que o almoço está demandando mais que o jantar, por que o cliente já está no trabalho, já está na rua, então ele prefere almoçar fora para não ir em casa. Por que imagino que o hábito das pessoas tenha mudado, não chegam mais em casa sem tomar um banho imediato, trocar de roupa, fazer toda a higienização, o que levaria um tempo maior. Então, acredito que as pessoas preferem almoçar fora por que já estão fora de casa e ir para casa apenas quando o expediente acabar. Vejo que pode ser um dos fatores para o aumento do almoço”, analisa a gerente do Ritz Restaurante, Valquíria Leite. (Por Lorena Lacerda com informações da Agência Sebrae de Notícias)