O câncer infanto-juvenil é uma triste realidade que afeta, a cada ano, mais de 400.000 crianças em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo sendo menos comum que o câncer em adultos, o câncer infanto-juvenil traz desafios únicos e requer atenção especial. Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em dados divulgados pela gestão, mostram que a maioria dos casos ocorre entre a infância e a adolescência de 0 a 19 anos de idade. Essa é a fase crucial do crescimento humano, marcada por descobertas e vulnerabilidades.
Dessa forma, é essencial explorar não só os desafios enfrentados por esses jovens, mas também como podemos reduzir esses riscos e criar uma rede de apoio. Mesmo com a tristeza imposta pelo câncer infanto-juvenil, procuramos soluções e estratégias que possam oferecer esperança e impulsionar ações concretas para uma geração mais saudável e resistente.
A prevenção do câncer infanto-juvenil envolve uma abordagem ampla. Incentivar um estilo de vida saudável desde cedo é fundamental. Além disso, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, especialmente para aqueles com histórico familiar, pode ser um divisor de águas.
Campanhas educativas nas escolas e comunidades sobre a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de atividades físicas, são estratégias eficazes na redução dos riscos. A orientação genética para famílias com histórico de câncer pode proporcionar uma compreensão mais aprofundada do risco individual, permitindo uma vigilância mais próxima.
Dados sobre casos de Câncer
A estimativa de novos casos de câncer infantojuvenil no Brasil para cada ano do triênio, de 2023 a 2025, é de 7.930, sendo 4.230 meninos e 3.700 meninas. A região sudeste aparece no ranking como a mais atingida, respondendo por 3.310 de casos estimados, e a Norte com o menor índice de diagnósticos, um total de 650, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
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Como tumores na infância costumam se apresentar
- Nas leucemias, a criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores nos ossos;
- No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado “reflexo do olho do gato”, embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, por meio de fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar vesgo). Geralmente acomete crianças antes dos três anos;
- Aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen podem ser sintomas de tumor de Wilms (que afeta os rins) ou neuroblastoma;
- Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, visível ou não, e causar dor nos membros. Esse sintoma é frequente, por exemplo, no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes;
- Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
Como tratar o Câncer Infanto-Juvenil
Indivíduos que mantêm um estilo de vida saudável têm significativamente menores chances de desenvolver câncer infanto-juvenil. A incorporação de hábitos saudáveis não apenas promove a saúde física, mas também fortalece o sistema imunológico, tornando-o mais resiliente contra fatores de risco.
Juntos ou combinados, a quimioterapia, radioterapia e cirurgia seguem sendo o carro-chefe do tratamento de câncer infantil. Ele é planejado de acordo com o diagnóstico do tumor, suas características biológicas e a presença ou não de metástase.
O tratamento oncológico é feito por uma equipe multidisciplinar, envolvendo várias especialidades, como oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radio terapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas e afins.
Diante da relevância dessa causa, é crucial unir esforços para combater o câncer infanto-juvenil. Nesse sentido, convidamos todos a participar da corrida de conscientização que acontecerá no dia 26 de novembro (domingo). Esta iniciativa busca não apenas arrecadar fundos para pesquisas e tratamentos, mas também disseminar informações sobre prevenção e diagnóstico precoce.
A luta contra o câncer infanto-juvenil é uma responsabilidade coletiva. Ao compreender os riscos, adotar um estilo de vida saudável e apoiar iniciativas de conscientização. Dessa forma, podemos proporcionar um futuro mais saudável e esperançoso para as crianças e adolescentes em todo o mundo.
